O TEMPERO


O TEMPERO

 

O TEMPERO

Por Cláudio El-Jabel

 

Vejamos então de que forma começo,

Como a um despreguiçar ao acordar,

Meio sonolento, cheio de sonhos,

Sim estes sempre andam lado a lado junto a mim,

Muitas vezes não ouso contar,

Não que sejam proibidos,

Nem tão pouco algo tal,

Para mim apenas uma coisa natural,

Princípio que sustenta,

Reflete o desejo de continuar,

Tropeçando quem sabe,

Para também muitas vezes acertar,

Deixar o sopro do vento levar,

Mas ter a mão no leme,

E saber a hora de voltar,

Velejar na vida é assim,

Tem dias que sentimos tudo fácil demais,

Dá medo confesso,

Outros porém haja “rivotril” para aturar,

Baixa aquela vontade louca,

Diria até mesmo de matar,

Mas é algo de fora que interfere em meu interior,

Agressões da sociedade ou cultura local,

É quando o corpo para,

A mente reflete o que é do bem e o que é do mal,

E a ideia alimenta o desejo,

O guerreiro como sempre reflete,

Ou você fica de frente e sem medo,

Ou dá meia volta e nem se perde a analisar,

Dizem ser isso o mais fácil,

Dizem ser isso inteligência,

Eu para ser sincero acredito estar mais para sobrevivência,

Recebi parabéns pelos sete anos de blog,

Algo que voou, e não percebi,

Viajei aqui pelas letras,

Pelos versos que escrevi,

Pelas pessoas e carinhos que recebi,

Sempre nesse estilo de conversa,

De expor de dentro o que penso,

Ora ou outra após escrever vários trabalhos,

Muitas vezes o apago,

Meio rebelde, mudado acredito eu,

Mas procurando algo,

E sempre prometendo contar,

Enrolo daqui, enrolo de lá,

E como dizem a coisa sai meio diferente,

Não é poesia e sim coisas da mente,

Saem com rima,

Pois sem elas parece faltar significado,

Muitas vezes plena doçura com olhares mais positivos,

Noutras aquela amargura com o ódio dos mortais,

Vontade de fazer o que quem deveria não faz,

Não diria que a humanidade está perdida,

Sempre em tudo há esperança,

Pretendo completar meu álbum em breve,

E nele apenas conter boas lembranças,

Se irei mantê-las após essa mágica viagem, não sei,

Acredito que se impregnam de forma a moldar,

E nesse novo molde estrutural que venham a somar,

Sei bem que nosso gênio* errou em seus cálculos proposital,

Ao afirmar apenas mais seiscentos anos,

Talvez por ser cientista e saber de novas possibilidades da sobrevida,

Também não quero ser profeta de apocalipse,

E entendo que tudo sempre dependerá do tempero,

Assim como nosso alimento que sustenta,

O tempero, sempre será a vida como ela se apresenta.

seal

 

Sobre KAMBAMI

Quode natura date, nemo negare potere.
Esse post foi publicado em POEMA e marcado , . Guardar link permanente.

2 respostas para O TEMPERO

  1. Bia Perez disse:

    Quero ver este álbum. Abraços

    Curtido por 1 pessoa

Obrigado pela visita, seu comentário é mais que importante é fundamental!