PERDÃO

PERDÃO

por Cláudio El-Jabel

 

Perdão!

Pelo sim,

Perdão!

Pelo não,

Pela ausência repentina,

Porém necessária,

Pelo silêncio inserido,

Pela troca contrária,

Sei que silenciar não é meu caminho,

Sei que silenciar não faz meu feitio,

Mas há em certos momentos algo que devemos impor,

Impor a nós mesmo,

Sem o medo ou mesmo receio da dor,

Ela não se distância,

Disso posso dar certeza,

É como a mesma situação do faminto,

Que observa ao longe,

Seu prato cheio servido à mesa,

É um tempo meu de mutação,

Não planejada e sim definida,

Pela vida,

Pela trilha,

Pelo sentido,

Pela inconsciência,

Pela onipresença,

Pelo simples descanso,

Quem sabe ao certo?

Justificar a injustificável ausência,

Que para muitos pode não ter significado,

Mas sim, tem e muito,

Para este que vos fala desse outro lado,

Importante nisso tudo é poder voltar,

Saber que mesmo não sendo o mesmo, voltar,

Ter de volta meu lugar,

Brincar mudando até um pouco a forma de se expressar,

Mas sempre com os braços abertos,

E o coração na função que melhor contempla,

Sustentar a amizade, a vida a observação natural,

Estou de volta a casa, minha,

Meu porto seguro,

Sei que um dia, quando eu e somente eu assim permitir,

Deixarei apenas o que há,

Pois saberei que é a hora certa de partir,

Sou guerreiro e saibam, sou duro na queda,

Pois brigo um bocado,

Atendendo ao meu querido Francisco,

Não poderia deixar de ir,

Algo que não posso falar,

Não posso mostrar detalhes,

São segredos guardados de verdade,

Algo bem simples e bem natural,

O que muitos desejam,

Como o Santo Graal.