PLANETA DESTINO
por Cláudio El-Jabel
Diz-me então o que se faz em um dia sorridente,
Onde se esbarra com a vida e essa gente,
Gente que perturba ou querem ajudar,
Gente que se dizem crente, mas não creem em suas mentes,
Como prevenir é o que penso no momento,
Tentando desviar dos problemas que se criam,
Dizem que quem os cria somos nós,
Mas isso não ecoa em uma só voz,
Eu não crio nada, sou apenas sobrevivente,
Dessa vida desvairada, dessa mistura de gente,
Gente empobrecida, gente delinquente,
Gente desprovida de uma boa mente,
Não sou desumano, nem mesmo humano afirmaria eu ser,
Observo apenas essa gente, que afirmam estarem a crescer,
Crescer em que sentido, em guerras, em fobias?
Ou crescem como pragas, como vírus em demasia?
Querem dividir, querem se afirmar,
Querem ser felizes sem ao menos projetar,
E eu aqui no meio, mas perdido do que cego em tiroteio,
Não sei de fato qual atitude tomar,
Se me houvesse um botão,
Com certeza eu iria apertar,
Um grande cogumelo se formou,
Mas não tem sapo, nem pererecas,
Só existem rãs touros nessa vala de melecas,
Populações indiferentes se diferem deles mesmos e de outras gentes,
Não poderia dar em outra coisa, Planeta água comandado pelas moscas,
Gentes como vermes escondidos em cratera,
Viram rápido os bernes que devoram toda terra,
Planeta azul de cima embaixo, como uma bola solta nesse espaço,
Sendo sugado, seguindo ao encontro,
Indiferente do objeto ao seu caminho,
Deve mesmo encontrá-lo em algumas décadas,
E assim desfechar o seu destino.